sexta-feira, 25 de novembro de 2011

histórias



Aprendi (com a educadora da Mafalda) que quando as crianças começam a chorar a melhor forma de as acalmar é contar uma história. Ontem o Francisco fez uma grande birra no carro, depois da escola e eu perguntei-lhe "queres ouvir uma história?" e para captar ainda melhor a sua atenção acrescentei: "queres a do caracol ou a da joaninha?", ao que ele sabiamente respondeu: "primeiro a do caracol, depois a da joaninha".


Ora, eu não sabia nenhuma história de caracol nem de joaninhas e então não me restou inventar as seguintes:


"Era uma vez um caracol chamado Felisberto que vivia numa couve. Quando estava sol ele passava o dia a passear e a comer na sua folha de couve. Quando chovia ficava enroladinho dentro da sua casinha quentinha. Um dia veio o vento e o caracol caiu na terra. Muito assustado começou a andar, a andar à procura do que comer. Então, apareceu a minhoca Josefina e disse:

- Olá eu sou a Josefina.

- Olá, eu sou o Felisberto - respondeu o caracol. - Caí da minha folha de couve e agora não tenho o que comer.

- Na terra há muitas coisas boas para comer - disse a Josefina.

O caracol provou, mas fez logo uma careta - Blac. não gosto disto, quero a minha folha de couve!!

- Olha, sabes uma coisa? - Respondeu a Josefina - Eu sei que nenhuma planta nasce no céu, tudo está firme na terra. Por isso só temos que encontrar o calo da tua couve para poderes subir para a tua folha.

- Boa ideia. - disse o caracol.

E começaram a andar, a andar, a andar, à procura da couve.

- Mais depressa caracol, estás a andar muito devagar - gritava lá da frente a Josefina.

- Eu sou um caracol, ando muito devagar. Não posso ir mais depressa.

- Mais depressa caracol.

- Mas eu ando devagar....

- Então eu vou à frente e se encontrar a couve chamo por ti - Disse a minhoca.

E lá continuaram eles. Um depressa, outro muuuiiiittoooooo devaaaagaar...

A minhoca encontrou a couve e chamou logo o caracol. Mas teve que esperar um bocadinho por ele, porque ele era mesmo lento!

O Felisberto ficou todo contente ao ver a sua couve. Subiu para a sua folha e prometeu à amiga Josefina: - Sempre que fizer vento, irei visitar-te"




- E agora a da Joaninha mãe! (já se tinha esquecido da birra, mas eu já não me livrava de inventar outra história!)




"Era uma vez uma joaninha chamada Joana que nunca parava quieta. Andava sempre a voar de um lado para o outro durante a primavera. O joaninho João queria falar com ela, mas parecia impossível, ela não parava! Até que o joaninho João teve uma ideia, foi falar com a sua amiga aranha e pediu para ela fazer uma grande, grande teia. Assim, quando a joaninha Joana passasse ficava lá presa e ele podia falar com ela, pois queria convidá-la para uma festa. Mas a aranha disse:

- Uma teia muito grande dá-me muito trabalho! O que é que eu ganho com isso?

O joaninho João pensou, pensou, pensou e concluiu: -Então, se fizeres uma teia muito grande, vão ficar lá presos muitos insectos e tu ficas com comida para uma semana!

A aranha gostou da ideia e acrescentou: - Vou fazer uma teia enorme, desta árvore até aquela e ficar com comida para um mês!

E assim foi, a aranha fez a teia e a joaninha Joana, quando ia a passar na sua pressa de sempre, ficou lá presa. O Joaninho João foi logo a correr soltá-la e disse:

- Até que enfim que consigo falar contigo! tive que pedir à aranha para fazer esta teia.

- Mas porquê? - perguntou a joaninha Joana.

- Porque tu não paras quieta, ninguém consegue falar contigo! E eu queria convidar-te para a minha festa.

- Tens razão - disse a Joaninha - Eu adoro andar a correr, mas às vezes também é bom parar e falar com os amigos. Vamos lá preparar a festa.

Então, eles fizeram uma grande festa e sabes quem convidaram? A aranha!"




- Mãe, porque é que não dava para falar com a Joaninha?

- Porque ela não parava quieta.

- Então dava para falar com o caracol, porque ele era muito sossegadinho e parava quieto!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

canção de Outono



E agora a letra de uma canção da roda da Mafalda:

"O Outono no jardim. Caiem as folhas enfim. São vermelhas e douradas, caiem na terra molhada...

E o vento sopra e baila com elas, é a dança suave do outono que chega...

Dlim... dlom... Que escuro está... aqui. ali. Tudo é silêncio... aqui. ali.

Luz da lanterna a brilhar, sino pequenino a tocar... Dlim... dlom..."

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

os meus defeitos.

O meu filho ontem fez-me o favor de me dizer (sem eu lhe pedir) aquilo que não gosta em mim:

" primeiro, quando eu quero ver um dvd e tu dizes que não; segundo quando eu acordo e tu dizes que há escola; terceiro quando eu não quero comer e tu dizes para comer pão com manteiga e por último quando tu falas falas e eu não oiço e é preciso ir ao médico dos ouvidos. E mais por último, quando eu quero ver o panda e tu não deixas. É isso..."

Pronto! Assim estamos esclarecidos....
Algo me diz que esta lista, com o tempo, tende a aumentar!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

debaixo da folha seca



Deixo aqui um texto de uma das rodas rítmicas que o Francisco faz todas as manhãs na escola e o qual achei lindo:


"Debaixo da folha seca que ficou do verão passado, tudo se pode esconder.

Um batalhão de formigas que ali têm o seu quartel.

ou um sapo que saltita e à noite faz ouvir as suas cantigas,

ou a pele que a cobra despiu e parece papel...

Um escaravelho, ou um rato ou um caracol pacato...

Uma família de aranhas, de pernas altas tamanhas, à espera da sua presa,

ou uma lagartixa com o seu rabo que rabicha.

Debaixo da folha seca que ficou do verão passado, tudo se pode esconder..."


Tudo isto, com os gestos das crianças a representar os vários animais...

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

lógicas

depois da escola:
- mãe, não quero ir buscar a Mafalda, quero ir para casa do avô e da avó.
- não dá filho. é muito longe. vamos lá no sábado, está bem?
- porquê? no sábado já não é muito longe?

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

um ano...




Um ano...

passou tão rápido...
parece-me que passou mais rápido do que com o Francisco...

e ele já tinha sido rápido!

não há dúvida, há que aproveitar todos os minutos, todos os segundos... toda a vida.

Eles crescem.

Espero que ela continue sempre a crescer com aquele sorriso maravilhoso no rosto e aqueles olhos que procuram absorver tudo o que a rodeia.


Parabéns Mafalda.

Amo-te mais do que alguma vez poderei descrever.